Âmagus
O que é?
Âmagus foi o meu TCC de bacharelado em composição musical na Unicamp.
Se trata de uma peça autoral live-eletronics (isto é, uma música que mistura sons acústicos com processos em um computador, como processamento de áudio, síntese sonora, execução de funções, código…). É um ambiente de improvisação e processos estocásticos que seguem certas diretrizes, programado em sclang, no SuperCollider.
Interface e programação
Essa foi a interface que criei para a execução da peça. Todo o design, comportamento dos botões, páginas etc, foi feito através do programa TouchOSC, e todo o código que programa as ações dos mesmos, foi escrito em sclang, no SuperCollider, que também é onde tudo é processado.
Interface página 1 - Globais
A primeira página possui cinco botões, cada um correspondente a um movimento da peça, ou, na programação, uma função pré-definida. Apertar um botão significa encerrar os processos da função anterior, preparar o ambiente e iniciar os processos da nova função (movimento).
Além dos cinco botões principais, há um sexto, pequeno, para a eventual necessidade de desligar todos os processos, em uma emergência. O famoso “botão do pânico”.
Interface página 2 - Sequenciadores
A segunda página consiste em uma matrix/tabela 7x3, onde cada coluna corresponde à um sequenciador, e cada fileira, enfatizada pelas cores, uma ação àquele sequenciador. Cada sequenciador, do 1 ao 7, aumenta em quantidade o número de sons por segundo, e todos distribuem o tempo entre cada som (silêncio) de forma aleatória, o que gera sempre um ritmo diferente a cada iteração.
Para os respectivos sequenciadores, os botões verdes inicializam a sequência, os azuis re-iteram a aleatoriedade dos silêncios, e os vermelhos encerram a sequência.
Interface página 3 - \drone
A página três contêm uma versão reduzida e atualizada dos controles para o instrumento virtual Drone, possibilitando até três instâncias simultâneas do instrumento, com controles separados de espacialização, volume, reverb, delay, tremolo, on/off, e o mais importante, controles X/Y para controlar o timbre e formante principal do instrumento, que são suas características mais essenciais.
Sobre a peça e execução
A poética por detrás da composição na verdade é muito simples, foi uma junção das principais vertentes com as quais gosto de trabalhar dentro da área musical, e isso pode ser observado nos cinco movimentos da peça:
- “Etherium” - Música coral / Música sacra;
- “Anima” - Violão e sons acústicos;
- “Primals” - Síntese sonora e sequenciadores;
- “Memoria” - Processos eletroacústicos e processamento de áudio;
- “Spectrum” - Música meditativa.
Você pode analisar o código completo clicando aqui